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ARQUEOLOGIA HITECH: A FACE DO PASSADO
ARQUEOLOGIA HITECH: A FACE DO PASSADO
Arqueólogos do século XXI vem utilizando tecnologias de ponta para ter uma imagem cada vez mais nítida do passado. A arqueologia vem remodelando uma gama de tecnologia desenvolvidas originalmente para diversas áreas e assim podendo vislumbrar um pouco mais do passado da humanidade, podemos ver seus rostos, reconstruir seus objetos e seu mundo.
Com a ajuda da ciência e da odontologia forense, a arqueologia pode recriar os rostos de pessoas em 3D, isso partir dos ossos de seus crânios e do cruzamento de dados, físicos, históricos, biológicos e regionais. Com tudo esse processo vem sendo utilizado pela criminalística e pela equipe de perícia forense, para a identificação de vítimas e de suspeitos em casos de homicídios.
Para isso os ossos do indivíduo é escaneado e digitalizado por uma tomografia digital e a partir daí começa o todo o processo de reconstrução, mesmo que o crânio esteja fragmentado é possível desfazer e refazer completamente o crânio digitalmente.
A partir do modelo digital do crânio são inseridos os marcadores de tecido, esses marcadores são inseridos onde músculos e peles são fixados. A partir disto é preciso se fazer projeções de acordo com a morfologia do crânio e assim definir a largura dos lábios, posição dos olhos e o tamanho do nariz e das orelhas por exemplo. Com isto posto, todos os músculos principais da face são inseridos e o processo digital de pigmentação da pele é feito.
Foi com esse processo que o designer brasileiro Cicero Morais pode dar vida nova ao rosto de um guerreiro germânico do século IV D.C. O tumulo do guerreiro foi encontrado durante a pavimentação de uma estrada que liga Praga a Pilsen na Republica Tcheca e em seu sepultamento foram encontrados junto a ele alguns artefatos como sua espadada seu escudo e outros artefatos de bronze, como facas e flechas, além de joias. Segundo os dados das pesquisas o individuo tinha cerca de quarenta anos e julgando por seu enxoval funerário ele podia ser um importante líder guerreiro na época da queda do império romano.
A reconstrução facial 3D permite aos arqueólogos coletarem dados com maiores precisões, como a morfologia do indivíduo e patologias individuais, assim podendo ter um retrato mais fiel do passado. Alguns outros exemplos de personalidades que tiveram seus rostos reconstruídos, foram, o rei Ricardo III da Inglaterra, o faraó Tutancâmon, rainha Nefertiti do Egito e o imperador do Brasil D. Pedro I.
Essa tecnologia permite ainda que a partir de uma impressora 3D um busto realista do indivíduo seja produzido e possa se comparar com exatidão suas características individuais tanto em vida quanto em morte.
A tecnologia 3D nos abre uma gama de oportunidades, podemos não só reconstituir os rostos das pessoas, mas seu mundo. A maioria dos artefatos encontrados em escavações arqueológicas estão fragmentados porem com o escaneamento 3D e a digitalização do objeto e ou de seus fragmentos podemos remonta-los digitalmente como um quebra-cabeças digital isso permite que os pesquisadores os examinem em proporções mais justas e abre três possibilidades, a de um ponto de partida para a restauração do artefato, a de se produzir uma réplica do artefato a partir da impressora 3D ou de se criar um banco de dados digital para estudos posteriores.
E é exatamente esta tecnologia que ajudou um dos maiores museus do Brasil a se erguer das cinzas. Em setembro de 2018 um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, sendo um dos maiores museus do Brasil e com um vasto acervo arqueológico. Grande parte do acervo do Museu Nacional já estava sendo digitalizada antes da tragédia e isso permitirá que agora a partir de uma impressora 3D possa se criar réplicas altamente detalhadas que reproduz não só a face externa quanto a face interna do objeto, permitindo que as gerações futuras vejam e conheçam esse acervo e continuando a fornecer informações para as pesquisas.
A tecnologia 3D nos permite ainda reconstruir casas, monumentos e cidades e assim podemos ter uma visão do mundo passado com maiores exatidões. Como a ajuda de um drone arqueólogos e arquitetos utilizam a técnica da fotogrametria digital, onde o drone sobrevoa as estruturas arquitetônicas tirando várias fotos, os arquivos dessas fotos, são passados para um software que as organizam, criando camaradas, a partir daí é criada uma planta baixa da estrutura onde o arquiteto poderá remodela-la no Autocad3D. Com tudo, com a ajuda de um escâner 3D podemos digitalizar o monumento e isso unido a reconstrução 3D da fotogrametria pode literalmente criar uma nova realidade ou expandir a nossa.
A arqueologia vem utilizando a realidade virtual e a realidade aumentada, para dar vida ao passado. A realidade aumentada permite a interação de informações e elementos virtuais com o mundo real, isso através de uma câmera com o uso de sensores de movimento como giroscópio e acelerômetro, como tabletes e smartfones, isso permite caminharmos pelas ruas da Roma antiga ou visitar a Acrópole de Atenas tal como era no passado.
Já a realidade virtual é uma verdadeira imersão no passado, não apenas o visual, mas também o áudio e as sensações, um exemplo disso é as domus romanas a baixo da parte lateral da Piazza Venezia em Roma, sua entrada fica ao lado da coluna de Trajano no Palazzo Valentini, lá pode-se ver as ruinas das grandes mansões romanas tal como eram, grassas a uma reconstrução 3D audiovisual. Em 2010 foi criada a primeira exposição permanente com passarela de vidro que permitem ao visitante caminhar por toda domus romana. Porém o visitante pode percorrer todo o local como se estivesse em um cinema 3D com projeções multimídia a cores, com som e narrações como se realmente o visitante fosse transportado de volta para a Roma antiga.
Essa tecnologia ajuda não só na preservação do patrimônio, mas também contribui na atualização do conhecimento arqueológico, além de alavancar o turismo atraindo investimento e gerando empregos diretos e indiretos, gerando assim um ciclo, por meio de um efeito domino.
Um exemplo da utilização desta tcnologia é o mapeamento digital 3D de patrimônios históricos da humanidade como a cidade de Palmira na Síria. Em maio de 2015 a cidade de Palmira, um antigo e rico oásis na rota das caravanas do oriente, foi tomada pelo Estado Islâmico, o alto denominado grupo terrorista tinha como objetivo destruir e pilhar a cidade e vender seus artefatos no mercado ilegal de antiguidades para financiar o terrorismo. Essa ameaça traz extrema urgência aos arqueólogos em preservar e registrar a história cultural da humanidade, mesmo que digitalmente.
Em lugares potencialmente perigosos, como áreas de guerra, como na Síria e no Iraque a tecnologia do monitoramento remoto vem ajudando muito as pesquisas arqueológicas, imagens de satélites como o Google Earth o e Bing possuem uma boa resolução e estão ajudando os arqueólogos a investigar áreas de difícil acesso ou devastadas pela guerra.
No começo dos anos 2000 imagens de satélites mostraram uma rede canais de água intrincada e altamente sofisticada na cidade de Angkor, capital do império Khmer no Camboja, agora a arqueologia atribui o prospero sucesso do império Khmer em Angkor a esta sofisticada rede de canais de água. Contudo as tecinologias e as tecnicas de analeses da arqueologia ajudam não so na preservação da cultura e do patromonio da humanidade mas tambem em diverças outras arias como turimo e segurança.
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