BlogdoViajante

Ecos da história
Por Vinícius Solera

ARQUEOLOGIA HITECH: A FACE DO PASSADO

05 Dez, 2024Por: Ecos da história

ARQUEOLOGIA HITECH: A FACE DO PASSADO

 

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

Arqueólogos do século XXI vem utilizando tecnologias de ponta para ter uma imagem cada vez mais nítida do passado. A arqueologia vem remodelando uma gama de tecnologia desenvolvidas originalmente para diversas áreas e assim podendo vislumbrar um pouco mais do passado da humanidade, podemos ver seus rostos, reconstruir seus objetos e seu mundo. 

Com a ajuda da ciência e da odontologia forense, a arqueologia pode recriar os rostos de pessoas em 3D, isso partir dos ossos de seus crânios e do cruzamento de dados, físicos, históricos, biológicos e regionais. Com tudo esse processo vem sendo utilizado pela criminalística e pela equipe de perícia forense, para a identificação de vítimas e de suspeitos em casos de homicídios.

Para isso os ossos do indivíduo é escaneado e digitalizado por uma tomografia digital e a partir daí começa o todo o processo de reconstrução, mesmo que o crânio esteja fragmentado é possível desfazer e refazer completamente o crânio digitalmente.

A partir do modelo digital do crânio são inseridos os marcadores de tecido, esses marcadores são inseridos onde músculos e peles são fixados. A partir disto é preciso se fazer projeções de acordo com a morfologia do crânio e assim definir a largura dos lábios, posição dos olhos e o tamanho do nariz e das orelhas por exemplo. Com isto posto, todos os músculos principais da face são inseridos e o processo digital de pigmentação da pele é feito.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

Foi com esse processo que o designer brasileiro Cicero Morais pode dar vida nova ao rosto de um guerreiro germânico do século IV D.C. O tumulo do guerreiro foi encontrado durante a pavimentação de uma estrada que liga Praga a Pilsen na Republica Tcheca e em seu sepultamento foram encontrados junto a ele alguns artefatos como sua espadada seu escudo e outros artefatos de bronze, como facas e flechas, além de joias. Segundo os dados das pesquisas o individuo tinha cerca de quarenta anos e julgando por seu enxoval funerário ele podia ser um importante líder guerreiro na época da queda do império romano. 

A reconstrução facial 3D permite aos arqueólogos coletarem dados com maiores precisões, como a morfologia do indivíduo e patologias individuais, assim podendo ter um retrato mais fiel do passado.  Alguns outros exemplos de personalidades que tiveram seus rostos reconstruídos, foram, o rei Ricardo III da Inglaterra, o faraó Tutancâmon, rainha Nefertiti do Egito e o imperador do Brasil D. Pedro I.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest Essa tecnologia permite ainda que a partir de uma impressora 3D um busto realista do indivíduo seja produzido e possa se comparar com exatidão suas características individuais tanto em vida quanto em morte.

A tecnologia 3D nos abre uma gama de oportunidades, podemos não só reconstituir os rostos das pessoas, mas seu mundo. A maioria dos artefatos encontrados em escavações arqueológicas estão fragmentados porem com o escaneamento 3D e a digitalização do objeto e ou de seus fragmentos podemos remonta-los digitalmente como um quebra-cabeças digital isso permite que os pesquisadores os examinem em proporções mais justas e abre três possibilidades, a de um ponto de partida para a restauração do artefato, a de se produzir uma réplica do artefato a partir da impressora 3D ou de se criar um banco de dados digital para estudos posteriores.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

E é exatamente esta tecnologia que ajudou um dos maiores museus do Brasil a se erguer das cinzas.  Em setembro de 2018 um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, sendo um dos maiores museus do Brasil e com um vasto acervo arqueológico. Grande parte do acervo do Museu Nacional já estava sendo digitalizada antes da tragédia e isso permitirá que agora a partir de uma impressora 3D possa se criar réplicas altamente detalhadas que reproduz não só a face externa quanto a face interna do objeto, permitindo que as gerações futuras vejam e conheçam esse acervo e continuando a fornecer informações para as pesquisas.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

A tecnologia 3D nos permite ainda reconstruir casas, monumentos e cidades e assim podemos ter uma visão do mundo passado com maiores exatidões. Como a ajuda de um drone arqueólogos e arquitetos utilizam a técnica da fotogrametria digital, onde o drone sobrevoa as estruturas arquitetônicas tirando várias fotos, os arquivos dessas fotos, são passados para um software que as organizam, criando camaradas, a partir daí é criada uma planta baixa da estrutura onde o arquiteto poderá remodela-la no Autocad3D. Com tudo, com a ajuda de um escâner 3D podemos digitalizar o monumento e isso unido a reconstrução 3D da fotogrametria pode literalmente criar uma nova realidade ou expandir a nossa.

A arqueologia vem utilizando a realidade virtual e a realidade aumentada, para dar vida ao passado. A realidade aumentada permite a interação de informações e elementos virtuais com o mundo real, isso através de uma câmera com o uso de sensores de movimento como giroscópio e acelerômetro, como tabletes e smartfones, isso permite caminharmos pelas ruas da Roma antiga ou visitar a Acrópole de Atenas tal como era no passado.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

Já a realidade virtual é uma verdadeira imersão no passado, não apenas o visual, mas também o áudio e as sensações, um exemplo disso é as domus romanas a baixo da parte lateral da Piazza Venezia em Roma, sua entrada fica ao lado da coluna de Trajano no Palazzo Valentini, lá pode-se ver as ruinas das grandes mansões romanas tal como eram, grassas a uma reconstrução 3D audiovisual. Em 2010 foi criada a primeira exposição permanente com passarela de vidro que permitem ao visitante caminhar por toda domus romana. Porém o visitante pode percorrer todo o local como se estivesse em um cinema 3D com projeções multimídia a cores, com som e narrações como se realmente o visitante fosse transportado de volta para a Roma antiga.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

Essa tecnologia ajuda não só na preservação do patrimônio, mas também contribui na atualização do conhecimento arqueológico, além de alavancar o turismo atraindo investimento e gerando empregos diretos e indiretos, gerando assim um ciclo, por meio de um efeito domino. 

Um exemplo da utilização desta tcnologia é o mapeamento digital 3D de patrimônios históricos da humanidade como a cidade de Palmira na Síria. Em maio de 2015 a cidade de Palmira, um antigo e rico oásis na rota das caravanas do oriente, foi tomada pelo Estado Islâmico, o alto denominado grupo terrorista tinha como objetivo destruir e pilhar a cidade e vender seus artefatos no mercado ilegal de antiguidades para financiar o terrorismo. Essa ameaça traz extrema urgência aos arqueólogos em preservar e registrar a história cultural da humanidade, mesmo que digitalmente.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest

Em lugares potencialmente perigosos, como áreas de guerra, como na Síria e no Iraque a tecnologia do monitoramento remoto vem ajudando muito as pesquisas arqueológicas, imagens de satélites como o Google Earth o e Bing possuem uma boa resolução e estão ajudando os arqueólogos a investigar áreas de difícil acesso ou devastadas pela guerra.

Arqueologia, historia, cultura, patrimônio, tecnologia, arquitetura, imagem retirada do banco de imagens Pinterest No começo dos anos 2000 imagens de satélites mostraram uma rede canais de água intrincada e altamente sofisticada na cidade de Angkor, capital do império Khmer no Camboja, agora a arqueologia atribui o prospero sucesso do império Khmer em Angkor a esta sofisticada rede de canais de água. Contudo as tecinologias e as tecnicas de analeses da arqueologia ajudam não so na preservação da cultura e do patromonio da humanidade mas tambem em diverças outras arias como turimo e segurança.

Voltar

Deixe seuComentário

Colunistas

Oxe, porque não?

Por Mauricio Oliveira

ver publicações

Empreendedorismo em Foco

Por Regina Feitoza

ver publicações

Dinheiro traz felicidade

Por Ariane Cedraz

ver publicações

O valor do meio ambiente

Por: Alberto Vinicius

ver publicações

Na Trilha do Cozinheiro

Por Marco Sousa

ver publicações

Casa Sergipana: Dicas e Tendências Imobiliárias

Por Diego Passos

ver publicações

Gestão de A a Z

Por Bruna Gamma

ver publicações

A solução está na Gestão

Por Diego da Costa

ver publicações

1° Grau: Ideias Que Movem

Por Íto Vieira

ver publicações

Ecos da história

Por Vinícius Solera

ver publicações

Giro com Fredsson Navarro

Por Fredsson Navaro

ver publicações

Gestão e Propósito

Por: Mel Correia

ver publicações

Renda-SE

Por Lícia Melo

ver publicações

Lugares Perfeitos

Por Márcio Dantas

ver publicações